Transição na Reforma Tributária
Transição na Reforma Tributária: impactos diretos para prestadores de serviço
Aprofunde-se na transição Reforma Tributária e veja como decisões estratégicas agora evitam perdas, fortalecem sua operação e ampliam competitividade no novo modelo fiscal.
A transição da Reforma Tributária já está em andamento, e muitos prestadores de serviço buscam entender se as mudanças vão aumentar custos, alterar rotinas ou exigir ajustes no modelo de negócio.
A dúvida mais comum é simples: o que vai mudar e como se preparar antes que o novo sistema entre em vigor?
Independentemente do porte ou da atividade, uma regra se mantém: quem se adiantar terá mais controle sobre custos, regras, previsibilidade e competitividade.
A partir dos próximos anos, tributos como ISS, ICMS, PIS e COFINS serão substituídos de forma gradual por dois novos impostos.
Essa mudança impacta desde a apuração até a precificação de serviços.
Por isso, compreender o que vem pela frente é essencial para garantir estabilidade financeira e continuidade operacional.
Como o novo modelo tributário afeta prestadores de serviço?
A Reforma Tributária cria três novos tributos:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): federal.
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): estadual e municipal.
- IS (Imposto Seletivo): federal, aplicado a produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Os dois principais — IBS e CBS — substituirão ISS, ICMS, PIS e COFINS, unificando regras hoje fragmentadas entre municípios, estados e União.
O novo modelo adota o crédito financeiro amplo, que permite o aproveitamento de créditos sobre praticamente todas as despesas tributadas na etapa anterior.
Principais mudanças para serviços:
- O sistema passa a ter regras nacionais, reduzindo diferenças entre municípios e estados.
- A não cumulatividade se torna ampla, reduzindo o efeito cascata.
- Empresas com custos operacionais mais altos tendem a ter mais créditos.
- Empresas de serviços intelectuais, com poucos insumos, precisam de análise caso a caso.
Redução de 30% para serviços intelectuais
A Constituição prevê redução de 30% da alíquota para serviços intelectuais e de profissões regulamentadas por conselho, como advogados, contadores, arquitetos, engenheiros e consultores.
Essa medida ainda depende de regulamentação por lei complementar, mas é um ponto relevante para segmentos que hoje têm poucos créditos e margem mais sensível à tributação.
Linha do tempo da transição até 2033
A transição será gradual e conviverão, por vários anos, tributos antigos e novos.
Veja o resumo prático:
2026: início da transição
- Entra em vigor a CBS teste (0,9%) e o IBS teste (0,1%).
- Haverá compensação integral para evitar aumento de carga tributária nesse período inicial.
- O objetivo é adaptação de empresas, sistemas e governos ao novo modelo.
2027 e 2028: entrada oficial da CBS
- A CBS começa a substituir PIS/Pasep e COFINS.
- O IBS permanece com alíquotas reduzidas.
2029 a 2032: transição de ICMS e ISS
- ICMS e ISS começam a ser reduzidos anualmente.
- IBS aumenta progressivamente.
- O período exige atenção redobrada, pois coexistirão sistemas antigos e novos.
2033: novo sistema completo
- Extinção definitiva de ICMS e ISS.
- IBS e CBS tornam-se os tributos centrais sobre o consumo no Brasil.
Impacto na carga tributária e nos créditos
A alíquota final do IBS + CBS ainda será definida pela lei complementar, mas as estimativas atuais de mercado apontam para algo entre 25% e 27%.
Isso não significa que todos pagarão mais, a carga tributária efetiva depende de diversos fatores:
Reduções previstas na reforma
- 60% para atividades essenciais, como saúde, educação, transporte público, medicamentos, entre outros.
- 30% para serviços intelectuais e profissões regulamentadas
- 100% para alguns bens e serviços específicos
Estrutura de custos e créditos
Empresas com gastos relevantes com insumos, estrutura, tecnologia e serviços terceirizados tendem a se beneficiar com o crédito financeiro amplo, algo limitado na legislação atual.
Regime tributário escolhido
A estratégia pode mudar bastante dependendo se a empresa está no:
- Simples Nacional;
- Lucro Presumido;
- Lucro Real;
- Modelo híbrido (Simples + IBS/CBS fora do Simples).
Por isso, simulações personalizadas são indispensáveis.
O que muda para empresas do Simples Nacional e MEI?
A Reforma não extingue o Simples Nacional nem o MEI.
Ambos permanecem com tratamento diferenciado previsto na Constituição.
No entanto, algumas mudanças importantes merecem atenção:
-
Possibilidade de recolher IBS e CBS fora do DAS
Optantes do Simples poderão escolher recolher IBS e CBS separadamente, fora do regime unificado.
Isso permite que clientes não optantes possam tomar créditos, o que pode aumentar a competitividade em relações B2B.
-
Expectativa de ajustes futuros
A lei complementar pode alterar:
- Faixas de faturamento;
- Limites;
- Enquadramento por atividade;
- Regras de cálculo.
Nada está definido ainda, mas acompanhar as discussões será essencial.
-
Efeitos para MEI
O impacto inicial tende a ser pequeno, mas mudanças futuras podem ocorrer em valores de contribuição, atividades permitidas e formas de cálculo.
-
Mudanças na rotina fiscal e operacional
A Reforma Tributária inaugura a fase conhecida como Administração Tributária 3.0, marcada por tecnologia, integração e cruzamento de dados em tempo real.
Prestadores de serviço deverão se preparar para:
- Atualizar sistemas de faturamento e emissão de notas;
- Revisar contratos que citam tributos extintos;
- Ajustar fluxo de caixa durante a convivência de tributos novos e antigos;
- Acompanhar novas obrigações acessórias;
- Lidar com maior digitalização e automatização fiscal.
Empresas que se adaptarem cedo terão vantagens e menor risco de inconsistências.
O que prestadores de serviço devem fazer agora?
A melhor forma de enfrentar a transição é com planejamento estruturado:
1. Mapear a situação atual
Identifique regime tributário, receita, margens, bem como composição dos custos e tipo de serviço prestado.
2. Realizar simulações
Compare:
- Carga tributária atual x futura;
- Impacto dos créditos;
- Efeitos nas margens e nos contratos.
3. Ajustar contratos e precificação
Revise cláusulas que mencionem PIS, COFINS, ISS ou ICMS.
Atualize margens conforme os novos cenários.
4. Atualizar sistemas e processos
Prepare o negócio para o novo modelo:
- Softwares;
- Integrações;
- Controles internos;
- Rotinas contábeis e financeiras.
5. Contar com suporte contábil especializado
Com transição longa e regras convivendo até 2033, a orientação técnica é decisiva para evitar riscos.
Como a Brserv Contabilidade apoia prestadores de serviço na transição?
A Brserv é especializada em assessoria contábil e tributária para prestadores de serviço na Zona Sul de São Paulo.
Estamos acompanhando cada etapa da Reforma e transformando as mudanças em ações práticas para cada cliente.
Nossos principais diferenciais incluem análise detalhada do impacto da reforma por atividade, simulações personalizadas de IBS e CBS, bem como revisão estratégica de contratos, margens e precificação.
Além disso, cuidamos da adaptação de obrigações e processos fiscais, assim como suporte contínuo até a implantação completa em 2033.
Assim, você minimiza riscos, planeja com antecedência e mantém seu negócio competitivo.
Prepare seu negócio para o novo sistema tributário
A Reforma Tributária representa a maior mudança fiscal do país em décadas.
Para prestadores de serviços, ela traz desafios relevantes, e também oportunidades importantes.
Quem se organiza agora evita aumento inesperado de custos, ajusta contratos com segurança, bem como se adapta aos processos no tempo certo e ganha maior vantagem competitiva.
A Brserv já está realizando simulações com IBS e CBS para prestadores de serviços.
Se você quer entender, com números, como a reforma afetará seus contratos, margens e preços, estamos prontos para ajudar.
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